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Como foi prometido, o PDT, um dos principais e mais antigos aliados do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), anunciou que está deixando a base do Governo Lula na Câmara Federal.

A saída do PDT, que tem 17 deputados, ocorre quatro dias após Carlos Lupi deixar o Ministério da Previdência em meio à investigação que apura descontos indevidos nas aposentadorias de beneficiários do INSS. O ex-deputado Wolney Queiroz, que também é filiado ao PDT foi quem assumiu o posto, mas como uma indicação pessoal de Lula.

Segundo o líder do PDT, deputado Mario Heringer (MG), apesar de deixar a base aliada, o partido não atuará como oposição, mas com “independência” em relação ao Palácio do Planalto.

“Demos o primeiro o, que é nos tornarmos independentes. Foi uma decisão unânime da bancada. Por que não vamos ficar na base do governo? Porque o governo não deu reciprocidade, não cuidou de proteger (o ministro). Já estávamos em um clima muito ruim. Se existe a história da gota d’água, a gota d’água foi essa. O governo deixou o nosso partido fritando, sem defesa”, disse Heringer.

A saída do PDT da base aliada na Câmara Federal ocorre em um momento de fragilidade na relação de Lula com o Congresso Nacional. Após queda em sua popularidade nos últimos meses, siglas que integram o Governo Lula iniciaram movimentos para se descolar do Palácio do Planalto e colocam em dúvida o apoio à sua reeleição em 2026.

A fusão do União Brasil com o PP já havia sido um duro golpe, afinal a nova legenda promete não seguir alinhada com o Governo do PT. Agora o presidente Lula perde o apoio do PDT na Câmara Federal.

É aguardar e conferir.